às vezes, acho que sou louca.
às vezes, acho que a gente não pode ter vergonha de gostar.
às vezes escrevo cartas de amor e fico em dúvida pessoana, do tipo fingir a dor que deveras sente.
não sei se às vezes escrevo cartas de amor pra ele ou pra mim.
Wednesday 25 July 2007
Posted by maria luíza sá e madureira at 7/25/2007 09:26:00 pm 0 comments
para lembrar
http://www.i-dressup.com/gamelist_by_cate.php?sub=1 dress up game
Posted by maria luíza sá e madureira at 7/25/2007 08:19:00 pm 0 comments
não é mais uma impressão subjetiva
ninguém mais pode dizer que a gente exagera. além da nossa co-moradora, vaida, lituana, ter sido observada minuciosa e dedicadamente no uso do chuveiro lá de casa, e de ter sido constatado com base em irrefutáveis evidências que ela toma banho a cada três, quatro dias, agora houve uma elocução que não deixa margem pra dúvida:
- luíza: ai, preciso tomar banho.
- vaida: por quê?
- luíza: eu tomo banho todo dia, oras.
- vaida: é? pra quê?
Posted by maria luíza sá e madureira at 7/25/2007 05:20:00 pm 1 comments
Tuesday 24 July 2007
the dark pianist
jazz, jazz. li um livrinho inteiro sobre jazz ao acordar, ouvi charlie parker, miles davis. estou me educando. hoje li também que a inteligência só fica a mil, o cérebro tipo esponja até os 25 anos. tenho apenas alguns meses. preciso me ilustrar. lembro daquela vez por causa do kant. sério, eu cheguei a chorar quando li que o kant, no dia do aniversário de 22 anos (ou era 21?) escreveu assim no seu diário: 'tenho 21 anos, começarei minha obra.' é, acho que era mesmo 21.
o negócio é que já estou em porto alegre há mais de duas semanas. desde criança, sempre me emocionei com aquelas cartas que o caio fernando abreu escrevia pra clarice lispector, pra hilda hilst, pra lygia fagundes telles. escrevia de londres, contava sua vida 'fora', divagava sobre a condição de estrangeiro, essas coisas de sempre. e eu sempre quis imitá-lo. (não nego que o blog também tenha este propósito, na falta de correspondentes ilustres.)
e agora me ocorreu fazer uma relação genial entre a minha experiência e a do caio e toda tradição cultural brasileira, cuja origem tem como um dos ramos principais aquele que começa com 'a canção do exílio', do gonçalves dias. a ela se seguiram inúmeras paródias, e inúmeros foram os exilados também. 'minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá / as aves que aqui gorjeiam / não gorjeiam como lá'. e a revisão do chico e do vinícius: 'vou deitar à sombra de uma palmeira que já não há, colher a flor que já não dá.' mas eu, se sou exilada, é do inominável, e a minha saudade é ainda mais simbólica que a vontade de resgatar palmeiras e sabiás.
mas o que quero dizer é que tenho pouco tempo até passar da juventude (do cérebro, ao menos) e toda esta conversa desencontrada deve servir a algum propósito.
Posted by maria luíza sá e madureira at 7/24/2007 03:39:00 pm 0 comments